A economia pode não estar em seu melhor momento. Mesmo assim, os investimentos de alta renda ainda estão com tudo. Tudo isso, é claro, se deve ao boom de IPOs, que tem trazido investidores com bastante grana para a Bolsa de Valores.
Como assim?
Os IPOs são Ofertas Públicas Iniciais. Ou seja: as ações de determinada empresa (ou a parte de um sócio) são ofertadas para o público na Bolsa de Valores pela primeira vez.
Basicamente, é a estreia de uma empresa como uma instituição de capital aberto.
Foi graças a essas IPOs que a XP Private, por exemplo, teve um aumento de 30% em 2020 no número de clientes. Detalhe: esse é o braço do Grupo XP responsável pelo segmento de altíssima renda. Estou falando de milionários? Estou!
Em suma, esse tipo de investimento tem atraído investidores private. Nessa categoria, estão inclusos investidores dispostos a injetar quantidades enormes de dinheiro em ações.
Nessa história, não são apenas esses investidores que se dão bem. As empresas e os sócios que ofertaram as ações compradas por essas pessoas acabam lucrando quantias exorbitantes de dinheiro. Com o mercado em movimento, cada vez mais IPOs surgem e, por consequência, novos investidores aparecem para comprá-las.
A Anbima também tem dados sobre a nova leva de milionários
Segundo um levantamento feito pela instituição, o aumento no volume de capital investido nos segmentos de altíssima renda dos bancos e corretoras brasileiros aumentou 13% em 2020. Isso significa um investimento de 1,5 trilhão de reais.
Esse dinheiro, investido nas IPOs, gera capital para alguém, obviamente. Nesse caso, a quantia vai para as empresas, ou empresários. Como as IPOs são um evento diário, é recorrente a entrada de novos clientes dispostos a fazer investimentos altos.
E aqui começa o ciclo. Se temos uma nova leva de investidores, também temos uma nova leva de milionários.
O boom das IPOs
Desde 2007 a Bolsa de Valores não registrava um número tão alto de IPOs: 28 no total, acompanhadas de 25 ofertas subsequentes. Esses, aliás, são os altíssimos números registrados em 2020.
No que se trata de 2021, nos primeiros dois meses do ano, 15 novas empresas decidiram abrir seu capital. Há algo por trás desse crescimento? Há sim: os juros.
Temos observado os juros mais baixos da história. Os juros foram tão baixos que até abalaram as opções de renda fixa, tão apreciadas por não serem de grande risco.
Assim, a Bolsa de Valores ficou mais atraente. Aqui, não falo apenas de investidores, mas também de empresas, até mesmo as de tamanhos menores.
Para as empresas, essa é uma decisão bastante sábia. Afinal, ofertar ações na Bolsa é uma forma de ser financiada, sem precisar apelar para os bancos tradicionais.
Com o valor obtido através dos investidores, é possível trabalhar melhor para crescer e prosperar. A liquidez também é um benefício. Afinal, posições são transformadas em dinheiro.
De todos os lados, podemos observar apenas uma coisa: lucro. Dessa forma, não é de se estranhar que tantos novos milionários estejam surgindo no país.
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