O mercado financeiro é um terreno cheio de possíveis caminhos. As opções de corretoras de valores são tantas que, por vezes, tem até quem fique perdido e não saiba exatamente qual escolher. Qual a diferença entre elas, afinal? Qual é a melhor para você? São muitas as perguntas que podem ser feitas — e que sorte a sua: as respostas estão todas aqui!
O que as corretoras fazem e como elas diferem entre si?
Vamos começar pelo começo: corretoras de valores são intermediárias na compra e venda de ativos financeiros. Em outras palavras, elas são como a ponte que liga você, investidor, à Bolsa de Valores. E não é só isso: elas também oferecem títulos públicos federais, de crédito privado, cotas de fundos de investimento etc.
Quando se fala das diferenças entre cada uma delas, é claro que a primeira coisa que vem à nossa cabeça é a taxa de corretagem. Mas não é só isso e, na hora de escolher a melhor opção, outros aspectos podem (e devem) ser levados em consideração:
- Segurança: a base de tudo! Antes de escolher alguma corretora, verifique suas certificações e registros, níveis de criptografia e histórico de falhas na segurança;
- Perfil de cliente: é bastante comum que essas instituições foquem em perfis específicos de investidores. Saiba qual é o seu perfil e busque uma corretora que tenha objetivos compatíveis com os seus;
- Atendimento: se você não abre mão de uma consultoria personalizada e de todo o suporte do qual puder dispor, então o fator “atendimento” também é algo que vai fazer a diferença na sua escolha;
- Custos: voltamos às taxas. Não se esqueça de que elas afetam o seu lucro, então, fique de olho na custódia mensal e nas taxas de saque, por exemplo.
Quando o assunto é o valor, aliás, também há muitas opções. Se você investe pouco dinheiro, o ideal é que busque uma corretora que ofereça o menor custo possível. Para aqueles que investem altos valores em renda variável, a melhor opção é uma instituição que possibilite uma taxa fixa e que pode ser diluída no lucro das operações.
Quem regulamenta as corretoras de valores?
É do seu dinheiro que estamos falando. Logo, é completamente natural que você queira se certificar da segurança oferecida por essas instituições.
Primeiramente, é necessário saber que o funcionamento das corretoras depende da autorização do Banco Central e também da fiscalização da Comissão de Valores Mobiliários (CVM). Além disso, duas gigantes do mercado financeiro também são agentes regulamentadores das corretoras: a Anbima e a Ancord.
Na prática, cada um desses regulamentadores citados tem um papel diferente no que diz respeito às corretoras.
A CVM, por exemplo, regula a Bolsa de Valores, elabora regras para o mercado de capitais, controla os processos de abertura de capital, entre outros. Já o papel da Anbima é defender os interesses e o crescimento das instituições, autorregular o mercado e educar os seus associados em suas atuações. A Ancord entra na equação por meio de uma forte representação frente ao governo brasileiro e aos demais órgãos reguladores do sistema.
Se tratando do mercado financeiro, é claro que estamos falando de um sistema gigante e complexo de instituições e órgãos que as regulam. Portanto, tenha plena certeza de que estes são apenas exemplos de como a regulamentação é feita e de que há ainda muito mais processos envolvidos no que diz respeito às corretoras.
Bancos x Corretoras
O assunto “corretoras” sempre traz consigo a clássica dúvida: investir em bancos, ou investir em corretoras? As corretoras sempre foram a primeira opção dos investidores. Os motivos são bastante claros: mais opções de ativos, taxas mais atraentes e suporte mais amplo, que englobam diferentes perfis de investidores.
Entretanto, nos últimos anos, os bancos têm se esforçado para tornar os investimentos mais populares para o público e também para atrair mais clientes. O Nubank, por exemplo, comprou a Easynvest; o Bradesco dispõe da Ágora Investimentos; o Santander adquiriu parte da Toro Investimentos e o Itaú inclusive tem a sua própria plataforma, chamada Íon.
As opções, agora, são mais numerosas do que nunca. Na dúvida, você sempre pode voltar a esse artigo e reler o que escrevi sobre como escolher a melhor opção.
Preparado para investir?
Se você chegou até aqui, já não é mais um leigo em relação às corretoras. Para finalizar, deixo uma dica valiosa que vai te ajudar a tomar a decisão certa: autoconhecimento. Saiba qual é a sua realidade, seus objetivos, necessidades e o seu perfil de investidor. Com esse conhecimento — sobre corretoras, bancos e sobre si mesmo, as oportunidades ao seu redor se tornam muito mais claras e fica mais fácil decidir qual corretora de valores é a ideal para você, a que vai te ajudar a fazer o seu dinheiro render.