Em agosto deste ano, tivemos o anúncio do maior Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) desde 2002. Além disso, o Banco Central decidiu que vai continuar aumentando os juros básicos. Por consequência, a Bolsa de Valores fechou em queda de 0,66%. A ligação, então, para muitos se tornou evidente. O que, afinal, a queda da Bolsa de Valores tem a ver com a inflação?
Por que uma coisa leva à outra?
Quando os juros estão altos, o mercado de renda fixa se torna mais atrativo. Basicamente, quem investe em ações tem estado mais sensível aos riscos da renda variável ultimamente. O avanço da variante Delta do Coronavírus, a política monetária e a situação econômica da China são algumas das razões que ocasionaram esse receio.
Com a inflação alta, espera-se que a Selic suba também. Por consequência, a onda migratória para a renda fixa apenas aumenta. Para quem opta por essa mudança, os títulos pós-fixados e atrelados à inflação são os mais recomendados.
Já para quem continua na bolsa, diversificar os ativos é a melhor escolha. Além, é claro, de incluir empresas resilientes, com bom desempenho histórico.
A situação econômica do país, é claro, também causa efeitos na Bolsa. A possibilidade de estouro no teto de gastos, por exemplo, está bastante ligada à queda do Ibovespa. Crises políticas e incertezas em reformas, como a do IR, também podem figurar por aqui.
A queda abrupta da Bolsa aconteceu mais especificamente no dia 10 de agosto. Nesta data, algumas empresas foram destaques positivos e negativos de desempenho. Vamos conhecer algumas?
Maiores altas da Bolsa de Valores
- PetroRio (PRIO3): +6,48% / R$ 18,72;
- Embraer (EMBR3): +3,27% / R$ 19,60;
- Usiminas (USIM5): +2,70% / R$ 22,10;
- Gerdau (GGBR4): +2,52% / R$ 31,74;
- Gerdau Metalúrgica (GOAU4): +1,61% / R$ 14,53.
Maiores quedas da Bolsa de Valores
- Iguatemi (IGTA3): -3,74% / R$ 38,36;
- Eneva (ENEV3): -3,35% / R$ 16,72;
- CCR (CCRO3): -2,89% / R$ 12,43;
- Lojas Americanas (LAME4): -2,73% / R$ 6,42;
- Unidas (LCAM3): -2,69% / R$ 25,33.
O que mais pode fazer a Bolsa subir ou cair?
Até então, vimos as razões atuais pelas quais a Bolsa caiu tanto no mês de agosto. A taxa de juros, como você pode observar, interfere diretamente nas ações. Contudo, alguns outros fatores também podem causar efeitos bons ou ruins no Ibovespa:
- Crescimento mundial: o crescimento generalizado de muitas nações é um sinal de boa economia. Assim, as empresas tendem a não passar por dificuldades financeiras;
- Investidores estrangeiros: quando muitos investidores estrangeiros injetam dinheiro em determinado país, a moeda local é valorizada e, por consequência, o seu preço sobe;
- Preço das commodities: se a economia mundial vai bem, as commodities acabam sendo mais procuradas. Desse modo, quem as exporta acaba ganhando uma grana mais, o que aquece a economia;
- Liquidez financeira: se existe excesso de dinheiro no mercado, as ações inflam;
- Ciclos econômicos: eles parecem ondas: vêm e vão. Entender como os ciclos intercalam entre bons e ruins é uma boa estratégia para investir com sabedoria.
Continue acompanhando o cenário econômico
Voltando ao presente, o ideal é que você siga acompanhando as notícias sobre a economia do país. Vivemos em um cenário instável, portanto, o melhor a se fazer é prestar atenção nas mudanças – assim como aconteceu com a queda na Bolsa de Valores por causa da inflação.
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